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O fascinante Diamante Azul




Hoje coluna será inspirada em saberes, afinal cultura é o único bem que não se pode tirar de nós e o tema foi o que me inspirou no empratamento de ostras frescas do meu Bistrô Ajê.


Trabalhando com a criação e fabricação de joias há mais de 10 anos (além da advocacia e da gastronomia), e tendo já produzido quase mil peças exclusivas e uma infinidade de outras em coleções, pesquisei na busca de inspiração sobre diversos Designers admiráveis e joias da história, sendo uma delas a do “diamante Hope”, uma pedra preciosa azul, famosa pela seu lastro atribulado e pela suposta maldição que carrega.


História


O primeiro registro histórico do diamante Hope surge por volta de 1660, quando o mercador francês Jean-Baptiste Tavernier o adquiriu durante as suas viagens na Índia.


Em 1668, Tavernier vendeu o diamante ao rei Luís XIV de França que costumava usá-lo ao pescoço em ocasiões solenes, suspenso numa fita e engastado em ouro. O seu bisneto, Luís XV, readaptou a pedra para fazer parte do seu pendente da Ordem do Tosão de Ouro. Mais tarde, Luís XVI ofereceu a pedra a Maria Antonieta, por ocasião do seu casamento.


Durante a Revolução Francesa, já com o rei e a rainha na prisão, as joias da coroa desapareceram num roubo efetuado a 11 de Setembro de1792. O diamante azul desapareceu também, e o seu paradeiro foi incerto nos anos seguintes.


Em 1812, o diamante reaparece na posse de Daniel Eliason, um mercador de joias londrino, que o vendeu para Henry Philip Hope, que o adquiriu em 1824 para a sua coleção de pedras preciosas. A partir desta data, a pedra passa a ser conhecida como diamante Hope. O diamante Hope permaneceu na posse da família até 1901, quando foi vendido a um joalheiro londrino por 29,000 libras, para pagar dívidas. Após várias mudanças de dono e cortes, que incluíram Pierre Cartier e a socialite estado-unidense Evalyn MacLean (que por vezes o pregava à coleira dos seus cães), o diamante Hope foi adquirido por Harry Winston em 1949, por uma soma desconhecida. Winston incluiu o diamante numa coleção de outras pedras preciosas famosas que exibia para fins de caridade. Em 1958, Harry Winston doou o diamante ao Instituto Smithsonian.



A lenda da Maldição


A lenda da maldição do diamante Hope nasceu no início do século XX e foi criada por May Yohé, uma atriz estado-unidense que fora casada com Lorde Francis Hope e que fugira para a Austrália com o amante.


A vida não lhe correu bem e, de regresso aos Estados Unidos, procurou vender a história da maldição a produtores de cinema de Hollywood. A história do diamante transformou-se num filme, que incluía diversas liberdades criativas como a atribuição da morte de Marat à maldição e, possivelmente, à origem da lenda do roubo do templo Hindu. Desde então, diversos infortúnios têm sido atribuídos ao diamante, como o destino de Luís XVI e Maria Antonieta (que acabaram guilhotinados na Revolução Francesa), a suposta morte de Tavernier devorado por lobos, a loucura de Jorge IV ou a morte de Catarina, a Grande.



Este colunista, enquanto “chef” com o prato inspirado por Hope



História, cultura e leitura são coisas que sempre me fascinaram, e me inspiraram em todas as minhas áreas de atuação. Desde táticas jurídicas quando empreguei as histórias de Sidney Sheldon (minha mãe defendia ser leitura inútil, mas ao revés, se tornou fonte de saber), as joias que ao longo de anos fui criando tinham um propósito... o conhecimento das gemas e suas devidas combinações com os metais preciosos para boas energias!


Hoje também me dedicando à gastronomia, vivo em meio à “conhecimento”, desde os saberes da antiguidade, a evolução das receitas, a arte que inspira em meus empratamentos... enfim tudo é saber e tudo é útil. O hope me inspirou com sua coloração em meu prato que leva ostras frescas... enfim tudo é arte e tudo é inspiração.


Prato de ostras do Ajê com fundo azul, inspirado no Diamante Hope


Matéria de David Faria para o Jornal @espacohorizonte

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