Sucesso a exposição "Janela sem Tempo"

espaco horizonte
30 de jan. de 2023
3 min de leitura

Exposição Fotográfica de Taymerê Fonseca

Inaugurada no dia 17 de janeiro de 2023, a exposição de fotos intitulada “Janela sem Tempo”, irá encher os olhos do espectador, através de um olhar diferente da artista Taymerê Fonseca para a capital mineira.

De uma sensibilidade aguçada e, através de seus olhar observador, conseguiu registrar com suas lentes, concepções, pontos de vista urbanos e relevantes de várias particularidades do seu dia a dia, com registros diários de seus caminhos pela cidade de BH. A mostra reúne 17 fotos de seu olhar pelas janelas do tempo.

Taymerê, artista mineira de São João Del Rei, cidade dos sinos, tem a musicalidade e a arte presentes em sua vida desde menina. Tornou-se artista por um processo natural que fundiu com o seu ser de paz e luz. Formada em Design Gráfico, é uma artista com desafios e experimentos na fotografia, na música e na composição.

Cada cidade conta uma história… por detrás das fachadas ou construções, nos parques e nas esquinas, há uma variedade de códigos e sussurros… É preciso aprender a escutar a cidade. Treinar bem os sentidos, aguçar a atenção e, de repente, não será outra senão a nossa história que se revelará.

Taymerê vem do interior, da cidade dos sinos, São João Del Rei. A música visitou a artista desde menina, tanto no dobrar do campanário como na sala de sua casa, onde já arriscava os primeiros passos de dança embalada pela escola de samba que costumava ensaiar ali na frente. Nessa época distante, Taymerê já revelava a inafastável inclinação para as artes, fazia tinta a partir de flores, modelava argila, cantava no seu microfone da Xuxa, gravava fitas, escrevia cartas de amor para a mãe…

Ao contrário do que se possa pensar, tornar-se artista não é exatamente uma escolha, mas sim, um processo… Podemos fugir dele por anos, até que, por fim, ele nos encontra. Taymerê cursou brevemente Arquitetura em Juiz de Fora, mas foi em Belo Horizonte que se formou em Design Gráfico. No percurso casa-trabalho, trabalho-casa, a cidade começava um sussurro, que, aos poucos, a artista começou a ouvir mais e mais alto. Praticando atenção plena, percebeu tons e formas, perspectivas, recortes e cenas… Com seu celular os registrou. Foi assim, de maneira autodidata e espontânea que nascia a fotógrafa.

As experimentações de Taymerê começaram a ganhar volume e superar o simples trajeto do trabalho. A prática lapida a artista e é quando ela é convidada a fazer sua primeira exposição.

A presente exposição apresenta nossa cidade, e de certa maneira, todas as demais cidades que moram no inconsciente da artista, numa esfera para além dos tijolos, cimento e vidro e o que mais construir as paisagens. Diante dos portais que Taymerê abre com suas lentes, onde tanto faz o tempo, é possível se perguntar sobre desejos de reconexão, sobre solitude e vertigem, sobre onde habita aquele indefinido todo que talvez apareça nos reflexos de qualquer parede de vidro ou ainda se perguntar sobre uma paisagem que dissolve verticamente, céu-terra.

Atualmente a artista reside no norte do país, lá experimenta muito da dança e da música, além, naturalmente, da inafastável fotografia. As referências mudaram, a floresta germina muito nas novas coleções, mas é aqui, na Janela sem Tempo, que Taymerê homenageia onde aprendeu suas primeiras lições da vida adulta, onde aprendeu e depois desaprendeu a profissão, onde despertou artista. Entrando na Galeria Pátio Arts & Design, pode ocupar uma vez mais a capital mineira, a cidade-portal, e nos convida a visitar onde habita a sua saudade.