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  • Foto do escritorespaco horizonte

INsignificâncias



CASA FIAT DE CULTURA ABORDA RELAÇÃO DE AFETO DAS PESSOAS COM A CIDADE EM EXPOSIÇÃO DA PICCOLA GALLERIA


Em “INsignificâncias”, Carol Peso destaca elementos urbanos invisíveis em 16 telas Cones de trânsito, postes de luz e emaranhados de fios, elementos que, no dia a dia, passam despercebidos ao nosso olhar, ganham protagonismo nas pinturas da exposição “INsignificâncias”, de Carol Peso, artista selecionada no 4º Programa de Seleção da Piccola Galleria. Em cartaz na Casa Fiat de Cultura entre 23 de março e 9 de maio de 2021, a mostra aborda a relação de familiaridade das pessoas com alguns objetos, ao resgatar elementos quase invisíveis da vida cosmopolita, que ganham destaque em sua obra.


Composta por 16 pinturas, a exposição ficará montada no espaço da Piccola Galleria e poderá ser apreciada no site e nas redes sociais da Casa Fiat de Cultura. A abertura será realizada no dia 23 de março, às 19h, em um bate-papo ao vivo com a artista, transmitido online. A participação é gratuita, com retirada de ingressos pela Sympla.


Em “INsignificâncias”, Carol Peso apresenta os resultados de pesquisa que vem desenvolvendo a respeito da relação entre memória e espacialidade. Ao atuar quase como cronista de sua própria cidade, a artista capta uma série de imagens fotográficas, que servem de base para a composição das pinturas em tinta acrílica. “É justamente essa invisibilidade, fruto de uma excessiva familiaridade com as coisas, que me interessa captar. Entendo que nisto reside a potência dessas imagens como constituidoras de nossos suportes de memória espacial e, por causa disso, de nossa identidade como citadinos”, explica Carol. Para que o público possa comparar e compreender a evolução das fotografias para as telas, serão disponibilizados, no site da Casa Fiat de Cultura, QR Codes que direcionam o visitante a um link com as fotos originais. Estas fotografias evidenciam a experiência da flânerie que permeia o processo criativo da artista.


O pintor e poeta suíço Paul Klee disse que “a arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver”. E é nesse sentido que caminha a obra de Carol Peso: um convite a enxergar, em meio ao insignificante, uma miríade de significados. A artista destaca que, no atual cenário de pandemia, tornou-se ainda mais importante falar sobre as coisas corriqueiras. “A pandemia nos fez sentir falta de coisas extremamente cotidianas e banais, que antes pontuavam nossa rotina”, reflete.


A exposição “INsignificâncias” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, com apoio do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocínio da Fiat e do Banco Safra, copatrocínio da Expresso Nepomuceno, da Sada e do Banco Fidis. A mostra tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e da Brembo.



Sobre as Obras

“INsignificâncias” apresenta 16 pinturas que retratam elementos do cotidiano. Tudo começa com uma fotografia, captada em ambiente urbano, que ganha autonomia na tela. Efeitos visuais, justaposição de cores, ranhuras, raspagens na tinta, desenhos em grafite e espessantes garantem mais complexidade visual e semântica às obras, que, ao ganhar vida nas telas, passam a ter significados completamente novos.

Carol Peso esclarece como funciona a autonomia de suas pinturas: “Entrego-me ao processo sem saber como — e quando — ele vai se resolver. Depende muito da relação que as formas e as cores vão estabelecer entre si na tela. Já tive trabalhos que deixei “descansar” por mais de um ano, até poder voltar a eles com uma nova solução pictórica. E, geralmente, trabalho em mais de uma pintura ao mesmo tempo”.

Com cores intensas e objetos cotidianos, “INsignificâncias” é composta de pinturas que chamam a atenção do público. As obras “Bastidores”, “Suporte”, Camafeu I”, Camafeu II” e “Camafeu III” brincam com os fios elétricos espalhados pelas cidades. Já “Anteparo” e “Cercanias” garantem outras perspectivas aos portões e grades das casas. Assim, a mostra se constitui como um convite a deixarmos nosso olhar mais atento e poético.




Carol Peso


É graduada e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Em 2016, ingressou no curso de Artes Plásticas da Escola Guignard/UEMG. Seu trabalho artístico incorpora o olhar da arquiteta e urbanista que vasculha os suportes de memória nas paisagens citadinas.


Já participou de diversas exposições coletivas, como a 3ª Edição da Mostra 40 x 40 na Galeria Mama Cadela, em Belo Horizonte (MG); a Mostra coletiva na Galeria Sancovsky, em São Paulo (SP); a Mostra coletiva na Zipper Galeria, em São Paulo (SP); a Mostra Coletiva Estado de Poesia, na Galeria Orlando Lemos, em Nova Lima (MG); a I Feira Livre de Arte Contemporânea de B H – FLAC, no Espaço 104, em Belo Horizonte (MG); a Mostra Coletiva no Centro Cultural da Universidade Federal de São João del Rei (MG); e a Exposição Entre o Isolamento e o Contato, da Escola Guignard, em Belo Horizonte (MG).


Em março de 2020, estreou sua primeira exposição individual “Sobre o nada eu tenho profundidades”, na Galeria de Arte do Espaço Político-Cultural Gustavo Capanema, em Belo Horizonte.



Vale a pena conferir!!!



Matéria enviada por Casa Fiat de Cultura

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