3ª edição do Festival “Minas + Doce” adoça a Expocachaça
- noticiasjornalhori
- 29 de jul.
- 5 min de leitura

3ª edição do Festival “Minas + Doce” adoça a Expocachaça 2025 com Sabores que Contam Histórias
Evento fortalece a cadeia produtiva da doçaria artesanal ao lado da cachaça mineira
impulsionando produtores e associações gastronômicas.
Desde 2023, a Expocachaça abriga também o evento Minas + Doce, uma feira e festival
ancorado que celebra a riqueza e a diversidade da doçaria mineira, envolvendo a produção de doces artesanais, quitandas, queijos minas artesanais, licores, cachaças, azeites e vinhos.
Em sua 3ª edição, o evento ocupa um espaço ainda mais estruturado e afetivo, com cerca de 40 estandes selecionados a dedo, conforme destaca José Lúcio, diretor do evento.
“Começamos com apenas 12 estandes, dentro da Expocachaça, de forma experimental. Mas a parceria entre a doçaria e a cachaça deu muito certo e o projeto cresceu.
Rosilene Campolina, curadora da Minas + Doce, mestre em gastronomia e Sustentabilidade explica os motivos do sucesso nessa união dos projetos: “Ambos vêm da cana-de-açúcar e usam o cobre como símbolo da tradição e da técnica: o tacho nos doces e o alambique na cachaça”, pontua. Ela continua: “A doçaria mineira vai muito além do queijo com goiabada, do doce de figo ou de laranja. Temos muita tradição unida à inovação e é isso que também
iremos mostrar em nosso festival”, reforça a curadora.
Além da exposição e comercialização dos produtos, o Minas + Doce investe em vivência e
conhecimento gastronômico por meio da “Cozinha Viva Minas + Doce”, com nove oficinas
distribuídas ao longo dos três dias de evento, sendo três por dia e duração de 50min / aula,
todas ministradas por chefs confeiteiros premiados.
Cada oficina recebe até 30 participantes, com inscrições gratuitas feitas no local, garantindo o acesso democrático para quem estiver presente na feira. “Essa cozinha é viva, porque mostra o preparo ao vivo, valoriza as receitas afetivas e a cultura por trás das mãos que fazem o doce.
Cada receita conta uma história. Teremos releituras de doces históricos com toques de inovação, como brigadeiro de cachaça com café, broa de fubá com queijo Minas + doce de
jabuticaba e toque de cachaça, trufa de doce de leite com queijo, são alguns exemplos de
deliciosas receitas com ingredientes típicos de Minas que teremos no dia”, explica.
Os queijos artesanais mineiros também são presença garantida na feira, ingredientes essenciais da cultura gastronômica do Estado. “Doce sem queijo é igual amor sem beijo”, brinca Rosilene, destacando a parceria com a Amiqueijo (Associação Mineira do Queijo Artesanal) e outros expositores que estarão presentes ao lado dos estandes de doces.
O evento ainda reúne uma cadeia diversa de profissionais que movimentam a economia criativa da gastronomia: do confeiteiro ao designer de embalagem, do produtor ao comunicador. “Estamos unindo produtores, chefs, jornalistas, comerciantes e empreendedores em um só espaço, celebrando o que Minas tem de melhor. Receberemos representantes de quase 20 estados brasileiros, o que mostra a força da Expocachaça como vitrine nacional”, completa.
O Minas + Doce também abre espaço para os sabores salgados que carregam a identidade
mineira. Nesta edição, o público poderá se deliciar com opções como pão de queijo com doce de leite ou com goiabada de São Bartolomeu, reconhecida como patrimônio imaterial, além de quitutes afetivos como o famoso pão com linguiça artesanal, aquele típico das paradas de estrada que mora na memória afetiva dos mineiros.
A chef Euzi Nascimento assina essa iguaria, que poderá ser apreciada no seu estande no evento. Também terão sanduíches de pão de queijo recheados com pernil, reafirmando a proposta do festival de valorizar a tradição, a simplicidade e o sabor das receitas mineiras, sejam doces ou salgadas.
Outro destaque da edição é a valorização das associações de produtores, que desempenham papel fundamental na estruturação e no fortalecimento do setor. Entre elas estarão presentes associações de doceiras de diversas regiões, como a Rota das Doceiras da Lapinha, em Lagoa Santa, e a ASQUIC - Associação As Quitandeiras de Congonhas, que está próxima de conquistar o título de patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo “ofício das quitandeiras, além da Associação dos Produtores de Azeites do Sul de Minas (ASSOLIVE), a Associação dos Vinhos de Mesa e de Sobremesa da Uva, a Associação das Prodejas (Produtoras de derivados de jabuticaba de Sabará).
“As associações agregam, formalizam e viabilizam a presença de pequenos produtores em eventos grandiosos como esse. Muitas vezes, é por meio delas que os expositores conseguem participar e mostrar a qualidade do seu trabalho. Há ali um espírito de cooperativismo muito bonito e necessário”, ressalta Rosilene Campolina. Ao impulsionar a geração de renda e formalização dos produtores locais, o Minas + Doce se firma como uma plataforma estratégica de visibilidade para o setor, promovendo conexões entre público, produtores, associações e negócios. Segundo Rosilene, o evento já garante não só a venda no local, mas encomendas, pós-venda e networking entre os expositores.
“Queremos manter viva essa tradição e, ao mesmo tempo, criar caminhos para transformar a arte de fazer doces em negócios sustentáveis. Toda essa visibilidade que a vitrine Expocachaça proporciona tem sido um sucesso para a construção dessas pontes”, concluiu José Lúcio.
A trajetória da Expocachaça
Criada em 1998, em Belo Horizonte, a Expocachaça tornou-se a primeira feira e festival da
cadeia produtiva e de valor do agronegócio da cachaça do mundo. Com uma proposta ousada e pioneira, o evento foi ganhando força e projeção até se consolidar como a maior vitrine internacional da cachaça de alambique.
Em 2005, a relevância da feira foi reconhecida pelo Governo de Minas Gerais, que, por meio da FAEMG e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, convidou a Expocachaça para ancorar um grande evento do agronegócio mineiro.
Essa parceria público-privada foi realizada de 2005 a 2013, no Expominas e no Parque de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte, envolvendo milhares de produtores e profissionais do setor em edições com mais de 16 mil m² de área ocupada.
Entre 2010 e 2013, a Expocachaça também teve uma edição anual em São Paulo, chamada
& Expocachaça Dose Dupla, realizada com sucesso no Mercado Municipal Paulistano (O Mercadão).
A iniciativa conquistou o público paulista e gerou grande repercussão na mídia e nos negócios e é considerada até hoje em evento modelo.. Com a chegada da pandemia de Covid-19, o evento precisou ser interrompido em 2020. No entanto, em 2021, a Expocachaça retornou com fôlego renovado na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, um espaço menor, mas que reafirmou a força da feira e sua conexão com o público. O sucesso dessa retomada impulsionou um novo salto: em 2024, a Expocachaça passou a ser realizada no CenterMinas Expo, triplicando seu tamanho e consolidando-se como a maior edição de sua história.

SERVIÇO:
34a EXPOCACHAÇA, 18a BRASIL BIER e 3a MINAS + DOCE
Patrocínio: Sicoob Divicred
Apoio: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
A 34a Expocachaça e a 3a edição do Minas + Doce são realizados através da Lei
Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e do patrocínio da CEMIG.
Data: 7 a 9 de agosto de 2025
Horário: Das 12h às 00h
Local: CenterMinas Expo – Av. Pastor Anselmo Silvestre, 1495, União, Belo Horizonte (MG)
Ingressos: à venda no local e online via Ingresse, com meia-entrada para 40% dos tickets














Comentários