Livro: PEQUENA ENCICLOPÉDIA DE SERES COMUNS
Autora: Maria Esther Maciel
Editora Todavia (São Paulo)
112 páginas
O Jornal @espacohorizonte convidou a escritora Maria Esther Maciel a nos falar um pouco sobre seu último livro, lançado agora no mês de maio.
O livro intitulado Pequena enciclopédia de seres comuns é um livro de verbetes sobre animais e plantas de diferentes gêneros, famílias e espécies, com ilustrações da artista mineira Julia Panadés.
Com referências científicas e elementos ficcionais, os verbetes foram distribuídos em 4 séries: das Marias; dos Joões, das Viúvas e viuvinhas, e dos Híbridos.
Na primeira, os bichos e plantas catalogados, com seus respectivos nomes científicos, têm Maria no nome. Na segunda, estão vários seres com nome João. Na terceira, os que se chamam viúvas e viuvinhas. Já na quarta, aparecem seres animais e vegetais com nomes híbridos, como "peixe-boi", "besouro-rinoceronte”, “orquídea-macaco”, “cobra-papagaio”, “mico-leão”, etc.
Quase todos os seres existem, com exceção de quatro, um para cada série, que foram imaginados seguindo o modelo dos demais.
O princípio de organização é sempre pelos nomes dos seres.
Texto de divulgação da editora:
Marias, joões, viúvas e seres híbridos, tanto reais quanto imaginários, protagonizam os verbetes deste breviário de Maria Esther Maciel ilustrado por Julia Panadés. Trata-se de uma enciclopédia peculiar, calcada numa mistura única de observação poética e imaginação luxuriante. Seguindo a linhagem de escritores como Marcel Schwob, Jorge Luis Borges e Italo Calvino, a autora mistura (com ironia e sapiência) a pesquisa com o comentário apócrifo, a criação literária com o pastiche da escrita científica. Uma mistura, em igual medida, de biologia e poesia.
Seres remotos ou próximos de nós, que ganham novas cores e formas graças à escrita afiada e leve da autora, ela mesma um ser híbrido, pois, além de ficcionista e poeta, é uma das mais reconhecidas pesquisadoras do encontro entre literatura e animalidade em nosso cenário cultural.
Trata-se um livro em que a criação literária corre de mãos dadas com os antigos manuais naturalistas. Este é um passeio — literário, ecológico, fantástico — pela sensibilidade de uma das mais engenhosas escritoras brasileiras contemporâneas.
Maria Esther Maciel
Sobre a autora:
Nasceu em Patos de Minas, em 1963, e vive em Belo Horizonte. Poeta, ensaísta, ficcionista e membro da Academia Mineira de Letras, é professora titular de Literatura Comparada da UFMG e atua como pesquisadora/professora colaboradora da UNICAMP. Possui doutorado em Literatura Comparada pela UFMG e pós-doutorado em cinema pela Universidade de Londres. Suas publicações incluem, entre vários outros livros, Triz (poesia, 1998), A memória das coisas – ensaios de literatura, cinema e artes plásticas (2004), O livro de Zenóbia (ficção, 2004), O livro dos nomes (ficção, 2008), A vida ao redor (crônicas, 2014)), Literatura e animalidade (ensaio, 2016) e Longe, aqui. Poesia incompleta 1998-2019 2020).
É também idealizadora e diretora editorial da revista Olympio – literatura e arte.
Disponível também em e-book:
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