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Foto do escritorespaco horizonte

Exposição “Órbita” dos Irmãos Drummond



As muitas constelações formadas pelo trabalho gráfico-visual dos irmãos Marconi Drummond, artista visual e curador independente, e Marcelo Drummond, artista gráfico e professor da Escola de Belas Artes/UFMG, se entrelaçam na mostra inédita Órbita. A exposição ocupa a Galeria Genesco Murta até 5 de junho de 2022, propondo uma imersão na produção artística da dupla, edificada ao longo de trinta anos de atividade e carreira. O projeto expográfico, concebido pela arquiteta Ivie C. Zappelline, propõe diálogos, confluências e intercessões entre as obras autorais dos dois criadores em diálogo com os outros vinte e cinco artistas convidados.


No centro do projeto de pesquisa dos dois criadores posiciona-se a arte e a cultura, onde gravitam, em trajetórias e movimentos circulares, o design gráfico, a curadoria, a pesquisa, as artes visuais e os projetos autorais. É essa constelação de atividades, programas, projetos e percursos que será apresentada na Galeria Genesco Murta.


A exposição panorâmica “Órbita” estrutura-se por meio de núcleos, organizados como “satélites”. Cada núcleo apresenta um variado acervo visual, subsidiado pela coleção particular da dupla de criadores e também por obras de artistas que possuem lastros de criação e processos integrados à trajetória profissional de Marcelo e Marconi Drummond. Assim, para cada matriz gráfica exposta sempre orbitará um acervo correlato, composto de diversas linguagens artísticas.


Trajetória panorâmica e constelar – Ponto matricial da mostra, o conceito de órbita abarca o vasto exemplário de obras autorais, pesquisas e projetos gerados pelos irmãos Drummond ao longo de trinta anos. Sem a intenção de apresentar uma retrospectiva, a mostra reúne trabalhos de variados artistas que se relacionam com as atividades da dupla.


Para Marconi, o processo de concepção da mostra “Órbita” foi imersivo e prospectivo, trazendo à tona todas as variantes relacionadas ao trabalho nas artes gráficas e nas artes visuais. “A concepção foi muito rica. Demandou um intenso levantamento de acervo, em que nós inventariamos variados projetos desenhados ao longo desses anos, em sua maioria ligados à cultura e às artes visuais. A partir dessa prospecção, fizemos uma rigorosa seleção que acabou por revelar uma miríade de propostas multidisciplinares”, conta.


Na mostra, o público será convidado a romper as fronteiras entre as artes visuais e gráficas. “Nossa expectativa é que o público faça uma imersão, uma viagem conosco, e percorra essa trajetória expositiva que não tem propositalmente uma estrutura cronológica e muito menos histórica. São gravitações, uma obra que potencializa a outra, promovendo interseções de uma forma dialógica”, conta Marconi.


A exposição não mostra somente o trabalho autoral da dupla, trazendo com ela um conjunto de 25 artistas que marcaram o panorama das artes visuais em Belo Horizonte desde os anos 90 até a atualidade. Segundo Marcelo, há uma mostra coletiva inserida dentro da exposição. “A ideia é somar à mostra outros artistas e suas respectivas poéticas de forma a constituir uma rede colaborativa. Ainda assim, o visitante poderá construir outras constelações, percorrer outras órbitas a partir de obras catalizadoras que possam promover pontes entre um núcleo e outro”, instiga.


Marconi Drummond – Artista visual e curador. Possui graduação e mestrado em Artes Plásticas e doutorado em curso pela Escola de Belas Artes da UFMG. Atuou como curador do Museu de Arte da Pampulha (2006-2010) e foi superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade em Itabira (2013-2014). É sócio-diretor da Cápsula Cultura, agência dedicada ao desenvolvimento de projetos culturais, curatoriais e de design.


Marcelo Drummond – Artista gráfico, possui doutorado em curso sobre a tipografia popular no Brasil. Desde 1993 é professor da Habilitação em Artes Gráficas da Escola de Belas Artes da UFMG, onde coordenada o Laboratório Grafo. Dirige, juntamente com a artista Nydia Negromonte, o Ateliê ESPAI_BH, espaço autônomo que, desde 2014, abriga mostras, oficinas e pesquisas associadas ao pensamento contemporâneo em artes visuais e áreas correlatas. Tem sua participação em várias exposições e recebeu os seguintes prêmios: Bienal Íbero-americana (2013), 51º Prêmio Jabuti, Câmara Brasileira do Livro (2009) e Prêmio Internacional e Poesia Visual Joan Brossa, Barcelona (1999).


Foto: Divulgação



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